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Leucemia

Definição

Definição leucemia

Existem diversos tipos de leucemia, dependendo das suas características e tipo de célula atingida. Nas leucemias linfocíticas, as células afetadas tomam forma de linfócitos. Nas leucemias mieloides, as células afetadas tomam forma de hemácias, alguns tipos de leucócitos e plaquetas.

Leucemias agudas

Leucemias agudas

Leucemias crônicas

São caracterizadas pelo aumento de células maduras anormais no sangue. Essa leucemia tem progressão lenta e pode demorar de meses a anos. Os tipos de leucemias crônicas são:

– Lecemia linfocítica crônica (LLC).

– Leucemia mieloide crônica (LMA).

Além desses tipos, há outras leucemias mais raras, como a leucemia de células pilosas, leucemias bifenotípicas, etc.

Epidemiologia

estatísticas da leucemia

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 8510 novos casos em 2012, sendo 4570 em homens e 3940 em mulheres. Em 2012, o Brasil registrou 5935 mortes por leucemia, sendo 3202 em homens e 2733 em mulheres.

A incidência dos tipos de leucemia varia de acordo com a idade do paciente. Veja o quadro a seguir que sumariza os dados de incidência por tipo de leucemia:

Tipo de leucemia

Pacientes afetados

Leucemia linfocítica aguda

Crianças jovens e adultos, especialmente acima dos 65 anos.

Leucemia mieloide aguda

Mais comum em homens adultos que em crianças.

Leucemia linfocítica crônica

Mais frequente em homens adultos acima dos 55 anos e raramente afeta jovens. Tipo muito raro em crianças.

Leucemia mieloide crônica

Mais frequente em adultos que em crianças.

Leucemia de células pilosas

Cerca de 80% dos afetados são homens adultos.

Causas

Causas leucemia

– Contaminação por agentes poluentes como metais pesados, pesticidas, etc.

– Contaminação por solventes químicos.

– Exposição à radiação.

– Tratamento por quimioterapia.

– Contaminação por determinados vírus.

– Herança genética.

– Falhas no sistema imunológico, como baixa imunidade.

Grupos de risco

Grupos de risco leucemia

– Pacientes com síndromes genéticas, como síndrome de Down.

– Crianças (para a leucemia linfocítica aguda). No Brasil, a leucemia é o tipo de tumor mais comum em jovens e adolescentes, com uma média de 29% de casos nessa faixa etária.

– Homens adultos (para alguns tipos de leucemia).

– Pacientes com certos distúrbios sanguíneos, como a síndrome mielodisplásica.

– Tabagistas (pacientes fumantes).

Nem todos os pacientes que fazem parte do grupo de risco desenvolvem a doença. Da mesma forma, pacientes sem nenhum fator de risco aparente podem desenvolver a doença.

Sintomas

Os sintomas da leucemia podem variar, de acordo com o tipo de doença. Dentre os sintomas mais característicos estão:
– Fadiga persistente e sem motivo aparente.

Sintomas leucemia

– Febre e calafrios.

– Infecções frequentes, como de garganta, ouvido, etc.

– Perda de peso sem motivo aparente.

– Sintomas semelhantes à anemia, devido à baixa quantidade de células vermelhas.

– Sangramentos e hemorragias (normalmente em mucosas como gengiva, nariz, interior da boca, etc).

– Aparecimento de pequenos pontos vermelhos de sangue na pele (petéquias).

– Palidez.

– Tontura e desmaio.

– Aumento das amigdalas e linfonodos.

– Aumento do fígado e baço.

Diagnóstico

Diagnóstico leucemia

Complicações

Complicações leucemia

– Síndrome anêmica: resultado da redução de células vermelhas, caracterizada por fadiga, palidez, queda de cabelo, dores de cabeça, palpitações, etc.

– Síndrome trombocitopênica: resultado da redução de plaquetas, que pode levar a sangramentos, petéquias, hemorragias, menstruação excessiva, sangue nas fezes, etc.

– Síndrome leucopênica: resultado da redução de células brancas sadias, que pode levar a infecções frequentes, febre, aumento do baço e fígado, aftas recorrentes, etc.

Além dessas síndromes, as células tumorais podem se infiltrar nos órgãos e tecidos e se proliferarem, causando metástase. As células podem principalmente se alojar no cérebro, testículos, gânglios linfáticos, fígado e baço.

Tratamentos

Tratamentos leucemia

Terapia biológica

Essa abordagem visa estimular o sistema imune a reconhecer e atacar as células tumorais. Normalmente empregam-se modificadores da resposta imunológica ou imunomoduladores, como o interferon, interleucina-11 (oprelvekin), fatores estimuladores de colônia (CSF – colony stimulating factors, como o filgrastim e sargramostim), eritropoetina, etc.

Quimioterapia

A quimioterapia caracteriza-se pela administração de medicamentos para matar as células tumorais. Normalmente diversos medicamentos são administrados para reduzir as chances de resistência do tumor e aumentar a taxa de sucesso ao tratamento. Os quimioterápicos mais utilizados são a citarabina, daunorrubicina, metotrexato, vincristina e corticóides orais. Algumas drogas agem especificamente em alvos da célula leucêmica, como o imatinibe.

Radioterapia

Radioterapia leucemia

Transplante de células estaminais (tronco)

Esse tipo de transplante tem por função substituir as células doentes da medula por células novas e saudáveis. Antes do transplante, o paciente normalmente recebe altas doses de quimioterapia e radioterapia que acaba por matar não só as células tumorais mas também as células sanguíneas sadias. Através de um cateter, as células estaminais são infundidas na medida e começam a produzir glóbulos vermelhos sadios. A medula pode ser transportada da própria pessoa (auto-transplante), de um doador próximo, como um parente (transplante alogênico) ou de um irmão gêmeo (transplante singênico).

Dicas

Dicas Leucemia

– Anote os sintomas que você está sentindo durante o curso do tratamento e converse com o médico. Ele pode indicar medicamentos para fazer você se sentir melhor ou mudar a medicação.

– Conte com o apoio da sua família e amigos. Se você tem um filho pequeno com leucemia, dê apoio em suas dificuldades e mostre que a vida ainda não acabou.

Prevenção

Prevenção leucemia

– Se você trabalha com produtos químicos, metais pesados ou radiação, use equipamento adequado para evitar exposição a agentes tóxicos.

– Se você tem casos na família de câncer ou leucemia, ou se está em um dos grupos de risco da doença, faça exames diagnósticos frequentes. O exame de sangue de contagem de células pode indicar se há alguma anormalidade ou não com o paciente.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 14.09.2018

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