Hepatite D
A hepatite D, ou Delta, é uma forma de hepatite viral causada pelo vírus da hepatite D (HDV), que sempre se manifesta na presença de outro tipo de hepatite, a hepatite B ou o vírus da hepatite B. O HDV é um pequeno vírus de RNA que é considerado um vírus sub-satélite, porque somente se propaga na presença da hepatite B.
A transmissão da hepatite D pode ocorrer junto com o vírus da hepatite B (fala-se em co-infecção) ou então por uma simples infecção do vírus da hepatite, mas apenas em uma pessoa que já foi infectada pelo vírus da hepatite B. Você deve saber que, como a Hepatite B, a Hepatite D é transmitida através do sangue (mesmos pequenos cortes são suficientes para contaminar) ou através da relação sexual.
A hepatite D é encontrada em algumas aldeias indígenas da Amazônia, por exemplo, em alguns estados do norte e oeste do Brasil. Nessa região observamos taxas muito elevadas de pessoas com hepatite B e, infelizmente às vezes também com hepatite D.
De acordo, com a OMS outras regiões do mundo assim como acontece na América do Sul, também são afetados pelo vírus da hepatite D, como a Rússia, Romênia, sul da Itália e alguns países do Mediterrâneo e África.
As complicações da hepatite D (e B, pois são sempre vistas juntas) são mais graves que uma pessoa infectada somente com hepatite B.
De fato, a hepatite D acelera o surgimento dos sintomas da hepatite B, o que provoca mais rapidamente os sintomas prejudiciais ao fígado, como a cirrose e a insuficiência hepática. Em algumas aldeias da Amazônia, não é raro ver crianças de 13 anos com hepatite D (e também com hepatite B) apresentando sintomas avançados de cirrose do fígado.
A hepatite D é a hepatite com a maior taxa de mortalidade, com 20%.
Tratamento da hepatite D
A hepatite D, infelizmente, não possui nenhum tratamento casual. Segundo a OMS, o interferon pode ser usado para tratar este tipo de hepatite.
Em casos raros, a hepatite D pode causar hepatite fulminante com risco de morte, nessa situação ou quando a hepatite D crônica está em fase terminal, o transplante pode ser proposto pela equipe médica.
Prevenção da hepatite D
Em áreas de risco, como nas comunidades indígenas da Amazônia, a melhor maneira de eliminar a hepatite D é vacinar toda a população a partir dos recém-nascidos, contra a hepatite B. Pois, como a hepatite D ocorre apenas quando a pessoa está infectada com hepatite B, se conseguirmos erradicar a hepatite B, então consequentemente eliminamos a hepatite D. Para a imunização completa contra a hepatite B deve ser administrada três doses, sendo que a segunda é feita 30 dias depois da primeira e a última dose é administrada seis meses após a primeira dose.
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