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Queimação do estômago

Resumo

A queimação no estômago é uma condição freqüente na população atual e se caracteriza por sintomas de dores na região estomacal e peitoral, atrás do osso esterno. O número de pacientes com sintomas de queimação no estômago tem aumentado muito nos últimos anos e boa parte disso é devido a hábitos alimentares incorretos. No Brasil, estudos apontam que cerca de 12% da população nacional apresentem sintomas de 1-2 vezes por semana. Mundialmente, estima-se que 15% apresentem queimação semanalmente.

A causa principal da queimação no estômago é o aumento da produção de ácido gástrico e refluxo para o tubo esofágico. Nesse quadro, podem ser distinguidos 4 grupos de pacientes: aqueles com dispepsia (dificuldade para digerir alimentos), pacientes com gastrite aguda, pacientes com gastrite crônica e, por fim, pacientes com doença do refluxo gastresofágico. Alguns grupos de pacientes como obesos e tabagistas também têm risco aumentado de terem os sintomas.

Basicamente a queimação no estômago se caracteriza por dores na região esternal e uma forte sensação de ardência. O diagnóstico é feito através da história clínica do paciente com exames clínicos mais detalhados para se verificar outras doenças. Complicações associadas incluem o aparecimento de úlceras e alterações da mucosa esofagiana.

O tratamento pode ser feito com o uso de antiácidos, inibidores histaminérgicos e inibidores de bombas de prótons. Plantas medicinais como alcaçuz, menta, cálamo e erva-cidreira ajudam a combater os sintomas e aliviar a queimação. Algumas dicas importantes incluem a mudança nos hábitos alimentares, pratica de esportes, redução do sedentarismo e do consumo de álcool e cigarros.

Definição

A queimação no estômago, como o próprio nome sugere, é uma sensação de ardência na região estomacal. Essa dor pode se irradiar dando a impressão de ser uma dor no peito, mais especificamente atrás do osso esterno.

A queimação no estômago é uma doença crônica e pode representar uma das formas da gastrite (ler gastroenterite). Essa afecção é comum entre a população, entretanto, quando os sintomas tornam-se freqüentes, o paciente pode estar apresentando o que se chama de doença do refluxo gastresofágico. É sempre importante ficar alerta aos sintomas, pois eles podem estar mascarando algo mais grave.

Epidemiologia

A queimação no estômago é uma afecção relativamente comum e sua prevalência tem aumentado nos últimos anos. Parte disso desse aumento é devido aos hábitos de vida, mais especificamente os hábitos alimentares que as pessoas têm adotado que contribuem diretamente para a doença.

Uma pesquisa online feita com a população dos Estados Unidos em 2019 com mais de 70.000 pessoas, mostrou que cerca de 1 terço dos adultos americanos sofria de sintomas de refluxo gástrico (com a queimação no estômago ou azia como o principal sinal) pelo menos uma vez por semana, como explicou o New York Times em agosto de 2021.

As estatísticas sobre a doença ainda são incertas, mas estima-se que 7% da população mundial apresentem queimação no estômago ou azia diariamente, 15% semanalmente e 50% mensalmente. No Brasil, uma pesquisa feita em 22 cidades revelou que 12% da população apresenta esse desconforto estomacal de 1-2 vezes por semana e que 7% apresentam o sintoma mais de três vezes por semana.

Causas

Algumas causas da queimação do estômago e da gastrite estão descritas abaixo:

– Uma bactéria: Helicobacter pylori, que provoca inflamação gástrica.

Em 16 de junho de 1984, dois pesquisadores australianos Barry Marshall e Robin Warren demonstraram em um estudo que o estômago estava colonizado por bactérias (H. pylori), esta descoberta abriu a porta para uma nova terapia para a azia, o uso de antibióticos.

Esta descoberta revolucionária foi premiada em 2005, com o Prêmio Nobel de Medicina.

Sabendo-se que o câncer de estômago é parcialmente causado por H. pylori, o tratamento de vários casos de queimação no estômago com antibióticos mudou radicalmente a medicina, reduzindo a incidência de câncer de estômago;

– o estresse e/ou outros problemas pscicológicos: o sistema digestivo apresenta mais células nervosas que o cérebro! Assim, uma relação entre o sistema nervoso e o digestivo é uma realidade que o paciente e o médico devem levar em consideração. Portanto, através do tratamento do estresse, é possível, em alguns casos, diminuir fortemente a queimação do estômago;

– em caso de uso de medicamentos irritantes para o estômago como alguns antiinflamatórios não esteroidais (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, diclofenac) ou antiinflamatórios esteroidais (cortisona).

Estes medicamentos podem irritar fortemente a mucosa gástrica e conseqüentemente provocar úlceras (que por sua vez, podem provocar sangramentos) e queimação do estômago. Inúmeras outras classes de medicamentos também podem desencadear complicações gastrointestinais (antibióticos, acetilcisteína…);

– uma alimentação pouco saudável (alimentos muito ácidos, gordurosos, temperados, consistentes, excesso de álcool…);

– uma hérnia hiatal (problema muscular entre o estômago e o diafragma);

– em caso de gravidez ou excesso de peso (devido a um aumento da pressão no estômago);

– alguns agentes infecciosos (como determinados vírus, neste caso falamos em gastroenterite);

alergias ou pseudo-alergias a determinados alimentos ou medicamentos;

– ir para a cama muito cedo depois de comer;

– úlceras esofágicas: as úlceras são feridas causadas pela erosão do revestimento (mucosa) do trato digestivo. Elas causam uma espécie de dor ardente reveladora. As úlceras esofágicas são muito menos comuns do que as úlceras estomacais ou intestinais. Quando ocorrem, geralmente são devido ao refluxo ácido. Mas o refluxo não é a única causa possível. O uso excessivo de AINEs, como aspirina e ibuprofeno, também pode causar úlceras;

– esofagite: é uma inflamação grave do esôfago que pode causar uma sensação de queimação. As causas incluem a própria DRGE, vírus, infecções fúngicas e certos medicamentos. Uma condição alérgica do esôfago (esofagite eosinofílica) também pode causar azia;

– hipersensibilidade funcional à queimação estomacal/refluxo. Os distúrbios gastrointestinais funcionais são distúrbios da conexão intestino-cérebro, ou seja, a maneira como o sistema nervoso transmite sensações do sistema digestivo ao cérebro. A azia funcional ou queimação estomacal funcional se parece com a queimação clássica, mas não há sinais de refluxo ácido, erosão ou inflamação. A hipersensibilidade ao refluxo é causada por refluxo não ácido. Os nervos hiperativos podem contribuir para a sensação de queimação (hipersensibilidade visceral).

Grupos de risco

A queimação no estômago atinge muitos tipos de paciente. Dentre eles, os mais propensos são aqueles com uma má alimentação ou com consumo excessivo de determinados alimentos. Alguns desses alimentos são:

– Frutas cítricas, como limão, laranja e tangerina

– Café e alimentos com cafeína

– Condimentos, vinagres, temperos e molhos, como gengibre, molho inglês, dentre outros

– Alimentos muito gordurosos e frituras

– Pimentas e pimentões

– Refrigerantes

Pacientes com gastrite e doença do refluxo gastresofágico apresentam constantemente episódios de queimação no estômago.

Além da alimentação, outros grupos de risco para apresentarem queimação do estômago são:

– Pacientes obesos

– Pacientes grávidas, uma vez que há compressão e relaxamento do esfíncter esofagiano

– Tabagistas

– Pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison

– Pacientes com hérnia de hiato

– Pacientes que, por algum motivo, apresentem demora no esvaziamento gástrico. Isso acontece com pacientes internados ou com deficiências na mobilidade do trato gastrintestinal.

Sintomas

Os sintomas da queimação no estômago ocorrem devido ao refluxo do conteúdo gástrico que sobre de volta para o esôfago.

Basicamente, quatro fatores são importantes para os sintomas da queimação do estômago. Primeiramente destacam-se os casos de dispepsia funcional, ou seja, casos nos quais os pacientes têm dificuldade em digerir os alimentos. No segundo caso, encontram-se pacientes com gastrite aguda. No terceiro caso, estão pacientes com gastrite crônica que podem apresentar úlceras estomacais. Por fim, o quarto grupo é de pacientes com queimação constante que podem apresentar a doença do refluxo gastresofágico.

– A queimação do estômago provoca uma sensação de calor no peito, as dores ocorrem em geral, atrás do esterno e sobem até a garganta (na região do esôfago). É possível sentir um gosto amargo ou ácido na boca. A queimação pode estar associada a um refluxo gástrico e a uma tosse. Os sintomas ficam geralmente mais intensos após uma refeição.

Ressaltamos que uma queimação do estômago ocasional ou de curta duração (3 a 4 semanas) pode ser tratada com auto-medicação, no entanto, se os sintomas forem mais intensos e prolongados, será necessário agendar uma consulta médica. No pior dos casos, pode haver riscos de hemorragias e câncer.

– A gastrite pode ser traduzida por sintomas de queimação do estômago, forte dor, diarréias e espasmos. Procure um especialista da área de saúde para obter mais informações.

Observe que a queimação no estômago (azia) pode durar de alguns minutos a algumas horas. Eles geralmente desaparecem quando a última refeição ingerida sai do estômago. Uma vez que o estômago esvazia seu conteúdo, não deve haver mais nada para voltar (refluxo). Dependendo da refeição, a digestão pode levar de duas a cinco horas. As refeições ricas e gordurosas demoram mais para serem decompostas no estômago.

Outros sintomas

A queimação no estômago pode ser acompanhada por:
– arrotos;
– gosto amargo na boca;
– náusea;
– regurgitação de alimentos;

ou outros sintomas mais atípicos:
– estômago inchado e muito cheio;
– soluços;
– tosse crônica;
– agravamento da asma;
– dor de garganta;
– laringite;
– dificuldade em engolir ou sensação de nó na garganta;
– dor no peito semelhante à angina de peito (dor no peito não cardíaca).

Diagnóstico

O diagnóstico da queimação no estômago é feito normalmente verificando-se os sintomas do paciente e os seus hábitos de vida, sobretudo os alimentares. Se os casos de queimação do estômago forem constantes, o médico pode solicitar exames mais específicos para saber se há alguma outra doença envolvida. Esses exames incluem testes de imagem do trato gastrintestinal superior, como a cintilografia e raio-X da porção superior. Nesses exames, é possível visualizar se há alguma anormalidade nos órgãos envolvidos.

Outro exame muito comum é a medida da acidez gástrica. Isso é feito monitorando-se o pH gástrico constantemente, num exame chamado pHmetria. Nele, é possível ver se a produção de ácido gástrico está acima do normal. A endoscopia gástrica também é um método praticado. Além de analisar o conteúdo gástrico, é possível realizar uma biópsia do tecido do estômago. O médico eventualmente pode indicar outros testes para verificar a presença da bactéria H. pylori e também verificar a presença de gastrite ou úlceras.

Endoscopia digestiva alta ou gastroscopia. Os exames de endoscopia são usados ​​para observar os órgãos por dentro. Eles envolvem a passagem de um endoscópio – uma pequena câmera iluminada no final de um longo tubo – através do corpo. Uma endoscopia digestiva alta, também chamada de procedimento de EGD (esofagogastroduodenoscopia), examina o trato gastrointestinal superior, desde o esôfago até o estômago e até o topo do intestino delgado. O endoscópio desce pela garganta (com medicação para deixar a pessoa à vontade). Ele pode procurar sinais de esofagite, hérnia ou esôfago de Barrett.

Teste de pHmetria esofágica. Este teste envolve a implantação de uma cápsula sem fio no esôfago, que detecta o pH (níveis de ácido) ao longo do tempo. Isso pode ser implantado durante uma endoscopia digestiva alta ou por sonda nasogástrica. Ele transmite as leituras para um receptor montado no cinto. A pessoa submetida ao teste também pode registrar os sintomas e os horários em que ocorrem em um diário para compará-los com os dados recebidos. Após um período designado, um profissional de saúde coletará a cápsula e coletará os dados.

Complicações

A queimação no estômago é uma doença crônica benigna. Entretanto, ela pode estar mascarando outras doenças mais graves, como a doença do refluxo gastresofágico e até mesmo gastrites.

O ácido constante pode provocar úlceras muito dolorosas e de difícil cicatrização.

Quando o revestimento do esôfago é constantemente ferido, pode levar a complicações a longo prazo, como:
– Estenoses esofágicas. Quando os tecidos que revestem o esôfago estão constantemente inflamados, eles podem eventualmente começar a se substituir por tecido cicatricial. Como o esôfago é essencialmente um tubo longo, essa inflamação e cicatrização farão com que o esôfago se estreite (estreite). Isso pode levar a problemas de deglutição e alimentos presos no esôfago.
– Metaplasia intestinal. Às vezes, em vez de cicatrizar, os tecidos sofrem outro tipo de alteração. Isso é chamado de metaplasia intestinal porque eles mudam para se parecer mais com o revestimento dos intestinos. Quando ocorre no esôfago, também é chamado de esôfago de Barrett. Esta condição é considerada uma doença pré-cancerosa.
– Câncer de esôfago. Apenas uma pequena porcentagem de pessoas desenvolve câncer de esôfago. Mas existe um caminho direto entre a inflamação persistente (esofagite) e as alterações celulares (esôfago de Barrett) que levam ao câncer. O risco aumenta se a queimação do estômago for grave ou não for tratada.

O refluxo ácido que causa as queimações no estômago (azias) também pode indicar outros problemas ocultos no sistema digestivo. Por exemplo, é possível ter muito ácido no estômago, o que pode levar a complicações como gastrite e úlceras estomacais. O refluxo ácido também pode agravar a asma ou outras condições respiratórias crônicas. Se o refluxo subir pela garganta, pode causar inchaço e levar a úlceras e crescimentos.

Tratamentos

Distinguimos diferentes tipos de medicamentos para tratar a queimação do estômago, como os antiácidos que podem ser adquiridos sem prescrição médica. Destacamos principalmente três tipos de antiácidos: os antiácidos aniônicos, os catiônicos e os complexos. Existem também outros medicamentos à venda sob prescrição médica. (B):

1.  Medicamentos à venda sem prescrição médica

Observações sobre os antiácidos

– os medicamentos antiácidos devem ser tomados ocasionalmente ou por um curto período (3 a 4 semanas)

– para a posologia, peça conselhos ao seu farmacêutico (em geral esses remédios devem ser tomados cerca de uma hora após a refeição).

– em geral, o efeito dos antiácidos (por exemplo, à base de sais de magnésio, cálcio ou alumínio) começa cerca de 10 minutos após a ingestão e dura 30 a 60 minutos, às vezes até 4 horas.

– atenção ao risco de interações dos antiácidos com outros medicamentos (ferro, antibióticos como as tetraciclinas,..), o ideal é deixar um intervalo de duas horas entre os medicamentos.

– os antiácidos não atuam na causa da queimação do estômago ou azia e não têm a capacidade de tratar um esôfago inflamado (ao contrário dos inibidores da bomba de prótons, por exemplo, veja abaixo).

– em geral, o efeito dos antiácidos (ex: a base de sais de magnésio, cálcio ou alumínio) começa  aproximadamente 10 minutos depois da ingestão e tem duração de 30 a 60 min.

2.  Antiácidos aniônicos

Esta classe de antiácidos neutraliza a acidez do estômago.

– Bicarbonato de sódio, esta preparação à venda em sachês não deve ser utilizada em excesso, pois ela pode provocar inchaços e hipertensão. Existe um risco associado à esta preparação que é o de ocorrer um efeito contrário, aumentando assim a acidez .

– carbonato de cálcio (CaCO3), não deve ser utilizado por um tempo prolongado, atenção ao risco de hipercalcemia.

3.  Antiácidos catiônicos

Estes medicamentos ou moléculas também neutralizam a acidez do estômago e depositam uma película antiácida sobre a mucosa do estômago.

– hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), deve ser utilizado com moderação. Atenção ao efeito laxante do magnésio!

– hidróxido de alumínio (Al(OH)3), deve ser utilizado com moderação. Atenção ao efeito constipante do alumínio.

– alumínio e magnésio.

4. Antiácidos – complexos

Estes medicamentos ou moléculas também neutralizam a acidez no estômago e formam uma camada protetora na mucosa do estômago.

– magaldrato, deve ser utilizado com moderação

– sucralfato, deve ser utilizado com moderação, medicamento que não contém álcool.

5. Medicamentos à venda sob prescrição médica

6. Antagonistas do receptor H2 da histamina

Os antagonistas do receptor H2 ou anti-histamínicos H2 não agem tão rapidamente quanto os antiácidos (geralmente em torno de 30 minutos para fazer efeito), mas podem ter uma longa duração de ação (até 12 horas, em comparação com 4 horas ou menos para os antiácidos).

Moléculas
– Ranitidina (nome comercial nos Estados Unidos: Zantac)
– Cimetidina (nome comercial nos Estados Unidos: Tagamet HB)
– Famotidina (nome comercial nos Estados Unidos: Pepcid)
– Nizatidina (nome comercial nos Estados Unidos: Axid AR)

7. Inibidores da bomba de próton (IBP)

Estes medicamentos agem na bomba de próton das células parietais do estômago e são indicados contra as úlceras do estômago. Estas moléculas são bastante associadas a um antibiótico que age sobre o Helicobacter Pylori, uma bactéria que provoca úlceras.

omeprazol

– esomeprazol

– pantoprazol

– lansoprazol

8. Outros tratamentos

Antidepressivos
Em casos de azia funcional (em inglês functional heartburn), uma doença que continua a ser mal compreendida, tomar antidepressivos em doses baixas pode ser eficaz.

Cirurgia
Em alguns casos graves e específicos, como refluxo gastroesofágico que não responde à medicação – ou como alternativa à medicação de longo prazo – a cirurgia pode ser realizada. A fundoplicatura gástrica (ou prega gástrica) é a operação mais comum.
Fundoplicatura de Nissen. Esta é uma pequena cirurgia para apertar a junção entre o estômago e o esôfago. É muito eficaz no tratamento da DRGE e seus sintomas.
Fundoplicatura transoral sem incisão. Este é o mesmo procedimento realizado não cirurgicamente, usando um endoscópio.
Dispositivo LINX. Esta é outra cirurgia minimamente invasiva que implanta um dispositivo LINX, um anel de minúsculos ímãs que ajudam a manter a junção entre o estômago e o esôfago fechada no refluxo.
Cirurgia de correção de hérnia. Esta cirurgia pode ser considerada se a queimação for causada por uma hérnia de hiato.

Antibióticos ou antivirais para uma infecção.

Esteroides tópicos ou dupilumabe para tratar a própria inflamação.

Neuromoduladores de baixa dose e terapias complementares para queimação do estômago funcional.

Fitoterapia (plantas medicinais)

Aqui estão alguns tratamentos naturais para aliviar a acidez gástrica e a queimação do estômago:

As plantas medicinais seguintes mostraram eficácia contra a acidez e queimação do estômago. A eficácia é, no entanto, relativa (se comparada aos tratamentos clássicos) e deve ser utilizada como uma medida complementar e não como tratamento de primeira escolha.

– O cálamo-aromático, que deve ser utilizado como infusão

– O boldo-do-Chile, que deve ser utilizado como infusão ou comprimido

– A camomila, que deve ser utilizada como infusão

– A celidônia, que deve ser utilizada em gotas ou comprimidos (atenção, utilize medicamentos prontos, nunca faça o seu próprio).

– O couve, que deve ser utilizado, em geral, como suco

– A alcarávia, que deve ser utilizada como infusão

– A erva-cidreira, que deve ser utilizada como infusão, gotas ou cápsulas.

– A menta, que deve ser utilizada como infusão ou comprimido

– A mil-folhas, que deve ser utilizada como infusão

– O alcaçuz, que deve ser utilizado como infusão

Dicas

– Após uma refeição, caminhe um pouco e evite o repouso (pois a posição deitada favorece os refluxos ácidos do estômago), se quiser se deitar, procure dormir com a parte de cima do corpo um pouco mais levantada.

– Faça várias refeições ao dia, com porções menores (para que estômago não fique vazio por muito tempo)

– Mastigue bem os alimentos.

– Procure conhecer a causa da acidez. Medicamentos como determinados antiinflamatórios não-esteroidais= AINES (ácido acetilsalicílico (aspirina, ibuprofeno,…), acetilcisteína (medicamento contra a tosse produtiva) ou ainda determinados antibióticos, podem desencadear a queimação do estômago.

– Reduza o seu peso corporal, pois o excesso favorece a queimação do estômago.

– Se os sintomas de queimação persistirem e forem constantes, procure um médico e peça exames mais detalhados.

– Evite fumar, o fumo aumenta o ácido gástrico e pode promover o desenvolvimento de úlceras gástricas.

– Evite consumir álcool, ou ainda melhor, não consuma. O álcool irrita a mucosa do estômago.

Prevenção

As dicas de prevenção para a queimação estomacal versam sobre mudanças nos hábitos alimentares para que a pessoa possa ter uma dieta balanceada e melhor distribuída.

– Evite consumir alimentos que provocam a acidez, como aqueles ricos em proteína (bifes espessos), gordura, temperos,frituras, e evite o  café, sucos de frutas ácidas (suco de laranja) e infusões que liberam o ácido (rosa-canina, malva)

– Consuma alimentos que diminuem a acidez (graças ao efeito bloqueador do alimento), como os iogurtes e banana. Alimentos ricos em fibras, água ou alimentos alcalinos que ajudem a equilibrar a acidez estomacal, como o melão ou a cenoura.

– Evite o consumo de álcool e o tabagismo.

– Pratique esportes e evite o sedentarismo.

– Evite o uso de roupas muito apertadas na região abdominal.

Fontes:
Mayo Clinic

Pessoa responsável e envolvida na escrita deste arquivo:
Xavier Gruffat (farmacêutico e editor-chefe da Criasaude.com.br)

Créditos das fotos:
Criasaude.com.br, Adobe Stock

Atualização:
Este artigo foi modificado em 20.04.2023

Observação da redação: este artigo foi modificado em 19.04.2023

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