Embolia pulmonar
Resumo embolia pulmonar
A embolia pulmonar é uma grave doença que ocorre quando um ou mais vasos do pulmão são bloqueados por coágulos, pedaços de gordura, fragmentos de ossos ou bolhas de ar. Normalmente os coágulos vêm de membros inferiores e a embolia pulmonar é reconhecida como uma complicação da trombose. A doença normalmente atinge pessoas após os 30 anos de idade e atinge 0,7-1 paciente a cada 1000 habitantes.
As causas de formação de coágulos são variadas e pode ser: tabagismo, obesidade, pressão alta, problemas de hipercoagulabilidade do sangue, problemas vasculares diversos, etc. Os grupos para a doença incluem mulheres grávidas, fumantes, pacientes com histórico de trombose na família, pacientes pós-cirurgia e imobilizados, etc.
Muitas vezes os sintomas da embolia pulmonar são imperceptíveis, o que agrava a doença. Quando eles estão presentes, o paciente pode apresentar taquicardia, cianose, chiado no peito, dor no peito, respiração curta e ofegante, pulso fraco e rápido, tontura, sudorese, etc. o diagnóstico é feito normalmente analisando-se esses sintomas e através de exames de imagem para verificar se há bloqueio dos vasos.
A doença quando não tratada pode levar a insuficiência respiratória grave, pneumonia e óbito. O tratamento é feito normalmente aplicando-se medicamentos que evitem a formação de coágulos, como a heparina e warfarina. Ainda é possível a intervenção cirúrgica para a remoção de coágulos e terapia de suporte para pacientes necessitados. Plantas medicinais como hamamélis e a homeopatia podem ser utilizadas para reduzir a viscosidade do sangue.
É importante que o paciente que apresente sintomas de embolia pulmonar busque imediatamente o serviço de emergência médica. Para prevenção da doença, recomenda-se a prática de atividades físicas, dieta controlada, evitar o tabagismo, obesidade e sedentarismo, controle da pressão arterial e uso de anticoagulantes, quando houver necessidade.
Definição
A embolia pulmonar, ou tromboembolismo pulmonar, é uma grave afecção que ocorre quando uma ou mais artérias do pulmão são bloqueadas. Normalmente esse bloqueio se dá pela presença de coágulos nesses vasos. A embolia pulmonar é uma séria complicação da trombose ou tromboembolismo venoso.
A embolia pulmonar impede que o sangue chegue aos pulmões de maneira adequada de forma que quando não tratada pode levar à morte. Dessa forma, é essencial que os pacientes com suspeita de embolia pulmonar busquem o mais rápido possível serviço médico.
Epidemiologia
A embolia pulmonar é uma complicação da trombose. Em nosso meio, a maior incidência da doença se por volta dos 30 anos. Nos Estados Unidos e Europa, inicia-se a partir dos 40 anos, com pico de incidência por volta dos 60-70 anos de idade. Em cerca de 90% dos casos de embolia pulmonar os trombos são formados nos membros inferiores e caminham até os pulmões.
A incidência anual da doença é de 0,7 a 1,0 paciente a cada mil habitantes, com taxa de letalidade de 12 a 17%. A doença ganha proporções alarmantes uma vez que cerca de metade das mortes por embolia pulmonar não são suspeitadas e cerca de 1/3 dos diagnósticos é feito de maneira errada.
Causas
Além de coágulos, outras substâncias podem bloquear artérias pulmonares, como gordura ou fragmentos de ossos, pedaços de tumor ou bolhas de ar.
Os fatores que levam à formação do coágulo são muitos, como obesidade, problemas vasculares, lesões nas paredes dos vasos, tendência à hipercoagulabilidade, dentre outros. Muitas das causas são as mesmas que desencadeiam o a trombose.
Normalmente acontece bloqueio de muitas artérias nos pulmões, o que faz com que o sangue não seja oxigenado adequadamente e com isso ele não consiga levar oxigênio para as células do corpo.
Grupos de risco
Existem alguns grupos de risco para a embolia pulmonar. No geral, a doença acontece após os 30-40 anos de idade. Algumas das pessoas mais propensas a ter esse tipo de doença incluem:
– Pacientes com tendência à hipercoagulação do sangue
– Pacientes com histórico de doença venosa profunda
– Casos de trombose na família
– Pessoas com pouca mobilidade dos membros, como no pós-operatório
– Pacientes com determinados tipos de tumor
– Mulheres grávidas
– Imobilização de regiões inferiores, como em engessamento ou períodos longos sentados (como em viagens)
– Pacientes com histórico de problemas cardíacos, como infarto ou insuficiência cardíaca.
Grandes cirurgias, sobretudo de membros inferiores, podem levar ao risco de desenvolvimento de coágulos. Nesse quesito, as cirurgias de joelho e quadril são particularmente problemáticas, pois durante a preparação para implementação de prótese, fragmentos de ossos podem se desprender e caminhar pela corrente sanguínea. Além disso, a imobilização após a cirurgia é um fator de risco para formação de coágulos.
Muitos dos fatores de risco que desencadeiam a embolia pulmonar também causam trombose. Alguns dos fatores de risco incluem:
– Sedentarismo
Os fatores acima mencionados aumentam a viscosidade do sangue ou diminuem sua circulação, o que pode resultar em formação de coágulos.
O uso de medicamentos à base de estrogênios (como pílulas contraceptivas) tem sido apontado como um importante fator de risco para a formação de coágulos. Esses hormônios aumentam a probabilidade de formação de coágulos e esse risco é aumentado especialmente em casos de tabagismo e sobrepeso.
Sintomas
– Respiração curta: esse sintoma ocorre tanto quando se está em repouso quanto em atividade.
– Dor no peito: normalmente ocorre quando o paciente engole ou come algo e pode ser acompanhada de tosse e respiração ofegante.
– Tosse: que pode ser acompanhada por sangue.
– Chiado no peito.
– Taquicardia: batimento acelerado do coração. Aceleração da frequência cardíaca
– Pulso fraco e rápido.
– Cianose (cor azulada das extremidades).
– Tontura.
– Inchaço de membros inferiores e de vasos do pescoço.
– Sudorese intensa.
– Hemoptise (cuspir sangue).
Ao aparecer esses sintomas, busque imediatamente um serviço médico, pois a embolia pulmonar é uma condição muito grave que pode levar à morte.
Diagnóstico
Adicionalmente, o médico pode sugerir exames complementares como:
– Raio-X da região do tórax.
– Exame de imagem do pulmão.
– Exames de ventilação e perfusão do pulmão, para verificar a capacidade ventilatória do pulmão.
– Tomografia computadorizada, para verificar o estado dos vasos pulmonares.
– Angiografia pulmonar: esse teste ocorre com a inserção de um cateter em uma veia de grande calibre e verifica se há vasos interrompidos por coágulos.
– Exame de ultrassom: esse teste não invasivo produz uma imagem dos vasos e do pulmão.
– Ressonância nuclear magnética: esse teste, por ser caro, é mais destinado a mulheres grávidas que não podem usar contrastes radioativos e ou serem expostas a radiações. Gera uma imagem dos vasos e do pulmão.
Complicações
Caso a embolia não seja controlada, ela pode levar a complicações mais duradouras, como insuficiência respiratória grave e aumento da incidência de infecções pulmonares, como pneumonia.
A maior complicação, porém, da embolia pulmonar é certamente a morte. Em muitos casos ela não causa sintoma nenhum e em boa parte dos casos a doença é diagnosticada de maneira errada. É importante ressaltar que a embolia pulmonar é uma afecção muito grave que pode levar os pacientes ao óbito. O óbito normalmente é seguido de choque hipovolêmico.
Tratamentos
No tratamento da embolia pulmonar, o médico irá tentar dissolver os trombos ou prevenir que eles se formem. Nesse sentido, o tratamento a ser adotado pode ser:
Medicamentos para tratar a embolia pulmonar
Nesse caso, os trombos já se formaram e o médico irá dissolvê-los com o uso de medicamentos. A primeira escolha são os anticoagulantes como a warfarina, enoxaparina, rivaroxabana e a heparina. Eles previnem a formação de novos trombos. Os trombolíticos (ou fibrinolíticos) dissolvem o trombo e são usados em casos extremos. Exemplos são o fator ativado de conversão de plasminigênio.
Procedimentos cirúrgicos para remoção do coágulo
Existem técnicas cirúrgicas para desobstrução dos vasos do pulmão. Uma delas é a remoção do coágulo através de um cateter. Há também a possibilidade da implantação de filtros em vasos de grande calibre (como a veia cava) para impedir que coágulos atinjam o pulmão. Em casos extremos de choque, o médico pode submeter o paciente a uma cirurgia para tentar remover a maior quantidade possível de coágulos.
Tratamento de suporte
Quando o paciente já está com a embolia pulmonar, o médico pode fornecer tratamento de suporte para manter a sobrevida do individuo, como suporte ventilatório (para ajudá-lo a respirar) e suporte hemodinâmico (para corrigir o choque hipovolêmico). É também administrado medicamentos para corrigir o equilíbrio ácido-básico e eletrolítico do sangue, e diuréticos de alça, como a furosemida.
Dicas
– Se você faz tratamento com anticoagulantes, eles podem ocasionar sangramentos. Fique atento à presença de hemorragia e nesses aparecimentos, converse com o seu médico.
– Preste atenção especial se você tem caso de embolia venosa ou casos de problemas vasculares na família. Converse com o seu médico também sobre a ingestão de vitamina K, pois elas interferem com medicamentos anticoagulantes. Essa vitamina é normalmente encontrada em folhas verdes escuras, soja e canola.
Prevenção
– A prevenção da embolia pulmonar pode ser feita adotando-se algumas medidas:
– Controle o colesterol
– Reduza o peso
– Pratique exercícios físicos e combata o sedentarismo
– Reduza a pressão alta
– Ingira muito líquido
Essas medidas normalmente estão relacionadas ao estilo de vida e podem ser associadas a uma dieta balanceada para melhores resultados. Alguns exercícios físicos podem ser praticados enquanto a pessoa está sentada.
– Para pacientes com grandes riscos de desenvolverem coágulos (hipercoagulabilidade, fatores genéticos, etc) os médicos podem indicar medicamentos anticoagulantes ou de aspirina.
– O uso de meias de compressão para massagem das pernas também é indicado, sobretudo se você fica muito tempo sentado ou imobilizado.
– Durante um voo longo, se possível, leve meias de compressão. Levante-se regularmente para andar um pouco e beber muito.
Escrito por:
Xavier Gruffat (farmacêutico)
Fontes:
Literatura médica, Mayo Clinic, revista de saúde portuguesa: Vida e Saúde (edição de março de 2021, revista por um médico).
Última atualização:
14.09.2021