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Câncer do colo do útero

Resumo câncer do colo do útero

Os cânceres que afetam principalmente as mulheres são câncer de mama em primeiro lugar, seguido pelo câncer do colo do útero. O primeiro é detectado pelo exame de mama (palpação), o segundo só pode ser detectado no ginecologista. Um exame pélvico a cada dois anos é recomendado para todas as mulheres acima de 20 anos. Existem outros dois tipos de câncer menos comuns em mulheres: o câncer de ovário e o câncer de útero, este não deve ser confundido com o câncer do colo do útero.

Há uma ligação entre verrugas genitais e câncer do colo do útero. Ambos os distúrbios podem ser causados por um vírus da família dos papilomavírus humano (HPV – o mesmo que causa verrugas genitais).

Assim, a sexualidade desempenha um papel no desenvolvimento do câncer cervical do útero. De fato, o número de parceiros sexuais, bom como o início precoce da sexualidade são as causas que podem levar ao desenvolvimento do câncer do colo do útero.

Se o tratamento for iniciado precocemente, as chances de sobrevivência são altas, porque as células anormais ainda não tiveram tempo para se espalhar e atacar outros órgãos na pélvis. Novamente, isso mostra a importância de um teste realizado regularmente no ginecologista.

O câncer do colo do útero pode não ser o primeiro câncer no sexo feminino. É importante se prevenir contra o câncer do colo do útero tendo uma vida sexual saudável e praticando sexo seguro, com preservativo em todas as relações. A educação sexual de meninas e adolescentes é fundamental para que se reduzam os casos de câncer de colo de útero e infecção por HPV.

Definição

O colo do útero, também conhecido como cervix é a parte inferior do útero, que vai até a vagina. Após vários fatores de risco, pode-se desenvolver câncer no colo do útero. O câncer do colo do útero é o segundo câncer que mais afeta as mulheres, depois do câncer de mama. Como definição, o câncer de colo do útero, ou câncer cervical, é uma neoplasia que afeta as células do colo do útero.

A doença se desenvolve em várias fases e pode ser detectada no ginecologista por meio de testes citológicos e exame de Papanicolau. O desenvolvimento do câncer está fortemente associado a infecções por HPV que causamverrugas genitais. Recomenda-se que um controle ginecológico seja feito a cada dois anos ou a cada ano, entre as mulheres mais velhas. Este teste é recomendado porque é a única maneira de detectar o câncer do colo do útero quando ele ainda é assintomático, ou seja, nos estágios iniciais da doença.

Como qualquer câncer, é essencial detectar precocemente a fim de trata-lo rapidamente e impedir sua proliferação. A eficácia do tratamento do câncer é geralmente sempre melhor quando a doença não se desenvolveu muito, em função do estado do câncer.

Epidemiologia

– Nos Estados Unidos, as estatísticas citadas pelo Wall Street Journal em 12 de setembro de 2017 estimaram que 30 mil casos de câncer sejam causados pelo HPV (leia abaixo para entender melhor esses vírus) a cada ano.

– Na França, de acordo com um artigo do jornal Le Figaro de 26 de junho de 2017, cerca de 2.900 mulheres são diagnosticadas com câncer do colo do útero a cada ano. De acordo com o Le Figaro, cerca de 1.100 mulheres morrem a cada ano de câncer do colo do útero na França.

Causas

O câncer do colo do útero não tem nenhuma causa definida. Vamos falar sobre a presença de fatores de risco. Em 95% dos casos de câncer do colo do útero, houve uma primeira infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). Estes vírus existem em vários subtipos, com uma tendência relativamente forte de desenvolver câncer no indivíduo afetado. Isso vai depender do subtipo.

O HPV é notadamente responsável pelas verrugas genitais, daí a existência de uma ligação de pessoas com verrugas genitais e o surgimento do câncer do colo do útero. Uma pessoa que sofre de verrugas genitais não necessariamente desenvolve um câncer do colo do útero, mas a possibilidade não deve ser negligenciada.

Os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer são:

– Vida sexual ativa e com muitos parceiros;

– Vida sexual “precoce”;

– Tabagismo;

– Gravidez precoce;

– Várias gravidezes;

– Uma prevenção negligenciada: a triagem no ginecologista não realizada regularmente (ver diagnóstico e triagem do câncer do colo do útero).

Para o este último fator de risco, note que o câncer do colo do útero passa por diversas fases, que no início é assintomática. Fazendo esfregaço regular, o ginecologista pode detectar e remover células anormais antes que este se transforme em células cancerosas.

Grupos de risco

As pessoas que possuem o risco de desenvolverem o câncer do colo do útero são:

– Pessoas que tiveram muitos parceiros sexuais e que fazem sexo sem proteção;

– Pessoas com outras doenças sexualmente transmissíveis, como HIV/AIDS, gonorreia e sífilis. Essas doenças normalmente estão associadas como o aparecimento do HPV;

– Pessoas que tiveram relações sexuais muito cedo. O útero jovem em contato com o esperma possui a possibilidade de contato com o vírus do HPV (causador de verrugas genitais), o que o torna mais sensível para o desenvolvimento do câncer do colo do útero;

– Fumantes;

– Mulheres com gravidez precoce;

– Mulheres que tiveram gravidez múltipla;

– Mulheres que negligenciaram a prevenção, evitando os controles de detecção no ginecologista;

– As mulheres com verrugas genitais mal ou não tratadas;

De fato, em 95% dos casos, o desenvolvimento do câncer do colo do útero estaria ligado ao HPV, o que explica a ligação entre a presença de verrugas genitais e o surgimento depois de alguns anos do câncer do colo do útero.

O câncer do colo do útero se desenvolve em várias fases. Até que o câncer se torne sintomático, vários anos podem ter decorrido. Se o controle ginecológico for feito durante esses anos, o ginecologista pode evitar a doença e tratar a tempo o câncer do colo do útero, evitando que chegue em um estado mais avançado e, portanto, sendo mais facilmente tratado.

Sintomas

O câncer do colo do útero se desenvolve em duas etapas e várias subestágios. A primeira fase, também chamada de fase pré-cancerosa é assintomática. De fato, as células do colo do útero são anormais, isto é, chamado de displasia, mas elas não são cancerosas.

Na fase 1, a displasia é leve. As células são anormais durante a etapa 2, chamado de displasia moderada. No estágio 3, já entramos na displasia grave.

A segunda fase do desenvolvimento do câncer do colo do útero é chamada de fase cancerosa. Células displásicas (anormais) começam a invadir os tecidos ao redor. Esta invasão provoca dor, devido ao fato das células doentes esmagarem os órgãos pélvicos e também impedirem seu bom funcionamento.

Na primeira fase do estágio do câncer, o câncer é limitado ao colo do útero. Na segunda fase do estágio do câncer, o câncer passa através do colo uterino e se estabelece bem ao nível superior da vagina. Na terceira fase do estágio do câncer, o câncer do colo do útero também atinge o nível inferior da vagina.No estágio 4, o câncer do colo do útero afeta a bexiga ou o reto. Os primeiros sintomas são:

– Sangramento sem ser de menstruação;

– Sangramento após a relação sexual;

– Corrimento vaginal com odor forte.

Quando esses sintomas ocorrem, é essencial procurar um médico para identificar se é o câncer do colo do útero.

Diagnóstico

Em primeiro lugar a triagem e o diagnóstico do câncer do colo do útero são trabalho do médico e somente ele decidirá sobre o melhor método. Além disso, sabemos que a medicina evolui rapidamente e as informações estão sujeitas a alterações. No entanto, tentamos resumir a seguir os métodos de diagnósticos normalmente utilizados em medicina.

Podemos distinguir as diferentes fases do câncer do colo do útero, de acordo com a propagação do câncer:

– Pré-câncer: as células já estão anormais, mas ainda não são cancerosas. Neste primeiro estágio, há três fases: displasia leve, moderada e grave.

– Fase cancerosa: no primeiro estágio, o câncer permanece confinado no colo do útero. No estágio 2, o câncer começa a sua invasão em tecidos vizinhos, nomeadamente a parte superior da vagina. No estágio 3, a parte inferior da vagina também é afetada. No estágio 4, o câncer também afeta o reto e a bexiga.

O diagnóstico do câncer do colo do útero é feito através da análise dos sintomas, citologia, colposcopia ou biópsia do colo do útero.

Sintomas

O câncer do colo do útero é assintomático nos dois primeiros estágios da doença, quando as células ainda não são cancerosas, fala-se de displasia leve à moderada. Quando os sintomas aparecem, a doença já está avançada: está na fase de displasia severa. A etapa seguinte à displasia severa é o primeiro estágio canceroso.

Assim, é muito eficaz recorrer aos testes de laboratório, de análise para prevenir, detectar e tratar.

Citologia (Esfregaço)

Em primeiro lugar, é feito uma triagem e não um diagnóstico (um verdadeiro diagnóstico se baseia nas biópsias). Fala-se de uma medida de rastreio, porque o esfregaço (citologia) tem uma sensibilidade de cerca de 65%, isso significa que nós conseguimos detectar o câncer do colo do útero em 65% das mulheres para quem o teste é positivo. Por exemplo, na França estima-se que a cada ano há cerca de 3.000 casos desse tipo de câncer e cerca de 600-1000 foram submetidos ao exame de Papanicolau, mas não conseguiram identificar o câncer. É por isso que o esfregaço é por vezes criticado como um meio de teste, por não ser perfeitamente eficiente (com eficiência de 65%, é o mínimo que podemos dizer).

Como funciona a citologia?

As células do colo do útero durante o desenvolvimento do câncer do colo do útero são em particular, reconhecidas pelo ginecologista. Já na fase inicial da doença, que normalmente é assintomática, o ginecologista pode identificar as células anormais, chamadas displásicas. Elas podem ser removidas diretamente antes que se desenvolvam ainda mais.

Teste de Rastreamento do HPV

Este teste é muitas vezes sugerido pelos médicos. Esse teste consiste em despistar o vírus do HPV (o vírus que causa o câncer e verrugas genitais) nas células do colo do útero com uma coleta dessas células. Não pode ser usado em mulheres com menos de 30 anos (pois antes dessa idade há várias infecções pelo HPV sem consequências graves). O teste de rastreamento às vezes, pode ser proposto por um médico, por exemplo, para saber se deve efetuar uma colposcopia (ver abaixo) e alguns médicos usam-no como teste de triagem. O teste de rastreamento do HPV parece promissor.

Colposcopia

A Colposcopia consiste na utilização de um microscópio na entrada da vagina. O médico pode facilmente examinar o colo do útero e efetuar uma coleta de células anormais, se necessário. De fato, a ampliação de 10 a 20 vezes de luz poderosa, facilita o trabalho do ginecologista.

Biópsia

Às vezes, uma biópsia será necessária para confirmar o diagnóstico do câncer do colo do útero.

Complicações

Que seja o câncer do colo do útero ou outro tipo de câncer, a presença de células anormais e o desenvolvimento em alta velocidade com invasão de órgãos vizinhos, é um problema real. Essas células anormais, em grandes quantidades, esmagam os órgãos e impedem seu bom funcionamento. Além disso, induz a dor. O câncer pode então dar a origem a metástases e causar um câncer generalizado.

Assim, quando o câncer não for tratado a tempo ou não for bem tratado, pode causar a morte do paciente. Essa é a principal complicação do câncer em geral, tendo previamente, uma diminuição da qualidade de vida do paciente.

Além disso, o câncer do colo do útero pode fazer com que a mulher tenha que retirar o útero, impedindo que fique grávida e tornando-se estéril.

Mas o câncer do colo do útero pode ser prevenido e tratado precocemente, se não for negligenciado o controle ginecológico, onde o médico faz o teste de triagem com o esfregaço, a fim de detectar a presença ou a ausência de células anormais (células displásicas).

Não espere alguns sintomas para ir ao médico fazer alguns testes. De fato, as fases iniciais da doença são assintomáticas. Por outro lado, o câncer detectado precocemente pode ser tratado com mais facilidade e causar menos complicações, especialmente em termos de efeitos colaterais das drogas contra o câncer. Quando o ginecologista descobre células displásicas (anormais), mas ainda não cancerosas, elas podem ser removidas de imediato, ao se analisar, e impedir dessa forma o desenvolvimento da doença.

Tratamentos

A escolha do tratamento para o câncer do colo do útero depende do estágio da doença, da idade e da condição do paciente. Uma jovem ansiosa para a maternidade, não pode sofrer a histerectomia total, por exemplo. Quando o câncer está no estágio I da fase pré-cancerosa, é suficiente remover as células anormais.

Os vários tratamentos para o câncer do colo do útero são: quimioterapia, radioterapia, colposcopia e a cirurgia.

Colposcopia

Durante o exame colposcópico, é possível não apenas delinear as áreas com a doença como removê-las ao mesmo tempo. Na verdade, o estágio pré-canceroso pode durar vários anos, o ginecologista pode, portanto, remover as células anormais antes de se transformar em câncer.

Cirurgia

A cirurgia consiste na remoção de órgãos afetados pela doença. Fala-se de histerectomia. Quando o ginecologista realiza uma histerectomia total, ele remove o colo do útero e o útero, impedindo essas mulheres de qualquer eventual futura gravidez. Este método é raramente usado para as mulheres que querem engravidar.

Quando o câncer está muito avançado (fase IV), também é necessário remover os órgãos afetados, tais como a bexiga, por exemplo. Em geral, o câncer do colo do útero cura-se quando tratado adequadamente e se for descoberto a tempo. Assim, dependendo do estágio de desenvolvimento da doença, o prognóstico vai ser diferente. Além disso, quando ele é descoberto e tratado precocemente, o prognóstico é mais favorável. 80% dos pacientes são curados quando a doença é detectada em estágios iniciais da doença, contra 7% no estágio IV.

Radioterapia

A radioterapia é utilizada para remover, eliminar o foco do câncer. É utilizada preferencialmente em pacientes mais velhos.

Vacinação preventiva contra câncer do colo do útero

– Confira nosso arquivo completo sobre a vacina contra o papilomavírus humano (HPV), também chamada de vacina anti-HPV.

Dicas

– Quando o câncer do colo do útero está realmente instalado, é necessário seguir cuidadosamente as recomendações do médico. O câncer pode ser curado se bem tratado, e se a medicação for efetuada corretamente.

– Tal como acontece com qualquer tipo de câncer, não há cura natural contra o câncer do colo do útero. No entanto, o paciente pode usar a homeopatia para auxiliar melhor seu tratamento contra o câncer.

– Se você pretende ter filhos, converse com o seu médico sobre a possibilidade e veja se essa é uma condição viável no seu caso. Busque sempre o apoio de amigos, parentes e da família para superar essa situação que pode muitas vezes ser difícil.

Prevenção

– Para prevenir o câncer do colo do útero, é importante realizar controles regulares no ginecologista. Uma verificação anual é suficiente.

– O comportamento de risco deve ser evitado e isso inclui:

> Muitos parceiros sexuais;

> As verrugas genitais sem tratamento.

– O uso de preservativo pode até certo ponto, evitar a propagação do HPV e, assim, a ocorrência de verrugas genitais e/ou o desenvolvimento do câncer do colo do útero.

A vacina Gardasil® tem a função principal de impedir o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Ela é aplicada em meninas e mulheres jovens (adolescentes). Em geral, deve ser realizada em mulheres que ainda não tiveram relações sexuais, ou seja, que ainda não foram expostas ao HPV.

A educação sexual de meninas é extremamente importante. Se você possui filhas adolescentes em início de fase sexual, oriente-as com relação ao câncer de colo do útero. Alerte sobre a importância da prática de sexo com preservativos e de exames regulares de Papanicolau e consultas ao ginecologista.

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Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)

Fotos: 
Fotolia.com

Atualização:
Este artigo foi modificado em 12.11.2018

Observação da redação: este artigo foi modificado em 11.11.2018

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