Aloe (babosa)

Família

Liliaceae

Foto babosa-grande (Aloe vera (L.) Burm.f.)

Constituintes

Mucilagens, antraquinonas, aloína, aminoácidos, vitaminas (E, C…), saponinas, barbalodina

Partes utilizadas

Folhas (gel das folhas, suco concentrado)

Efeitos da aloe vera

Uso externo (em pomada, gel,)
– Antiinflamatório, hidratante, antisséptico, fungicida, desinfetante, anti-envelhecimento.

Uso interno (xarope, líquido)
– Laxante (estimulante do intestino grosso), purgante, emenagogo

Indicações aloe vera – babosa

Uso externo
– Queimaduras de 1º e 2º graus, ferimentos, queimadura solar, inflamações, cortes, aftas, irritações da pele, psoríase (como coadjuvante), pele seca, bolhas, eczema (incluindo dermatite atópica), calos e calosidades, como anti-envelhecimento.

Uso interno
– Constipação ocasional (utilização por curto período), vômitos, diabetes tipo 2 (ler também as Observações abaixo), síndrome do intestino irritável, asma.

Contra-indicações

No uso interno: gravidez, crianças, mulheres que amamentam, insuficiência renal, doença hepática, pessoas com uremia. Por favor, leia a bula e procure o conselho de um especialista.

Interações

Desconhecemos

Preparações à base de babosa

– Gel de aloe vera

– Pomada de aloe vera

– Protetor solar a base de aloe vera

– Solução de aloe vera

– Enxaguatório bucal a base de aloe vera (contra as aftas)

Onde cresce a aloe vera?

A aloe vera cresce em países quentes (África), mas pode também crescer em diversos lugares do mundo inteiro. Ideal como remédio caseiro para se ter por perto em caso de pequenas queimaduras.
A aloe vera cresce em solos bem drenados e expostos ao sol.
Ela pode alcançar cerca de 60 cm de altura.

Quando colher a aloe vera?

Você pode cortar a folha de aloe vera todo ano, para extrair o gel.

– Trata-se de uma planta bastante utilizada na cosmética, particularmente, como creme hidratante e como loção pós exposição ao sol.

Eficácia em doenças dermatológicas

Em uma edição especial de julho de 2020 da revista francesa Science & Vie publicada sobre plantas medicinais, que estudou a eficácia de 77 plantas medicinais, a aloe (babosa) foi considerada uma planta com provável eficácia em distúrbios dermatológicos (por exemplo, queimaduras, um estudo de 2007 – DOI: 10.1016/j.burns.2006.10.384 – mostrou uma diminuição no tempo de cicatrização de quase 9 dias) e como um agente anti-envelhecimento. Para chegar a esta conclusão, a revista francesa baseou-se em vários estudos publicados entre 2007 (o referido acima) e 2012.

– O gel de aloé vera contém aproximadamente 90 % de água. O resto é à base de aminoácidos, vitaminas (A, C e E) e outros nutrientes.

– No comércio, encontramos gel à base de aloé vera, mas é fundamental saber que esse gel é ainda mais eficaz se utilizado fresco, como neste remédio.

– É interessante notar que mais de 90 % do aloé vendido no mundo para uso interno (suco e gel oral) não contém a parte laxante da planta (látex retirado).

– Diz a lenda que a Rainha Cleópatra utilizava aloé vera, o que lhe deu toda sua beleza. O que é certo é que os Antigos Egípcios utilizavam aloé vera.

– A aloe (babosa) está na lista de remédios oferecidos no SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil.

– Estima-se que existam mais de 200 espécies de aloe no mundo.

– Aloe é uma planta perene. Esta planta é fácil de crescer em um apartamento, o que permite o uso para tratar doenças todos os dias (queimaduras, feridas).

– Segundo um estudo de junho 2016, a aloe vera seria eficaz contra a diabetes quando tomada por via oral, pelo menos em parte, devido à redução dos níveis de açúcar no sangue (glicemia). Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores realizaram uma meta-análise, um estudo de estudos. Eles observaram uma diminuição na glicemia de jejum e na hemoglobina glicosilada (HbA1c), dois marcadores de diabetes, em pessoas que usavam aloe vera por via oral. Esta meta-análise incluiu 283 participantes. A ingestão de aloe vera levou a uma diminuição média na glicemia de jejum de 46,6 mg/dL (0,466 g/L) e na HbA1c de 1%. Este estudo foi realizado pelo departamento de farmácia da University of the Pacific na Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado em 17 de junho de 2016 na revista especializada The Journal of Alternative and Complementary Medicine.