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Garra-do-diabo

Resumo

Garra-do-diaboPlanta medicinal anti-inflamatória, utilizada em casos de reumatismos (artrose), é encontrada geralmente em forma de cápsulas ou em comprimidos.

Nomes

Nome em português: garra-do-diabo, harpagophytum
Nome binomial: Harpagophytum procumbens (Burch.) DC. ex Meisn., 1840
Nome francês: Harpagophytum
Nome inglês: Devil’s Claw, Harpagophytum
Nome alemão: Teufelskralle
Nome italiano: arpagofito, artiglio del diavolo

Família

Pedaliaceae

Constituintes

Princípios amargos, iridóides: harpagosídeo (efeito anti-inflamatório comprovado), arpagídeo, fitoesteróis.

Partes utilizadas

– Raízes (no detalhe, trata-se de raízes secundárias)

Efeitos

Anti-inflamatório, (sobretudo no nível da cartilagem), protetor da cartilagem, analgésico.

Observaçã os efeitos anti-inflamatórios desta planta aparecem rapidamente, porém a eficiência completa aparece geralmente somente após 3 semanas de tratamento.

Indicações

Reumatismos: artrose (osteoartrite), artrite, lombalgia: dor lombar baixa aguda, tendinite, gota, dores nas costas.

Garra-do-diabo

Efeitos secundários

Complicações gastrointestinais como queimação (gastrite) e dor de estômago (em alguns casos queimação do tipo hemorrágica com sangramento gastrointestinal), dores de cabeça, úlceras duodenais, alergias com o aparecimento de manchas vermelhas (às vezes alergias graves, sendo que algumas vezes a alergia pode ser retardada e ocorrer após várias horas ou dias), alucinações (de acordo com um internauta do Creapharma.fr). Por favor, leia a bula e consulte o seu farmacêutico.

Contra-indicações

Gravidez e lactação, úlceras gastrointestinais, alergia a esta planta, crianças menores de 3 anos. Por favor, leia a bula e consulte o seu farmacêutico.

Interações

Certos anticoagulantes, medicamentos cardiovasculares, tais como aqueles contra hipertensão (risco de hipotensão), medicamentos para baixar o colesterol, AINEs (antiinflamatórios não esteróides). Por favor, leia a bula e consulte o seu farmacêutico.

Preparações

– Comprimido ou cápsula de garra do diabo

– Chá de garra do diabo (infusão)

– Gotas de garra do diabo

Decocção de garra-do-diabo

Onde cresce a garra-do-diabo?

O harpagophytum (garra-do-diabo) é originário da África, a planta cresce principalmente em regiões quentes e secas da África, como em Angola, na Namíbia ou na África do Sul, particularmente nas savanas.
Como o harpagophytum cresce quase que exclusivamente na África, esta planta precisa consequentemente ser importada na Europa e na América do Norte. Devemos saber que o harpagophytum é uma planta ameaçada de extinção.
Namíbia
A Namíbia é o principal exportador de garra-do-diabo (harpagophytum). Este país abastece 90% do mercado mundial1. Na Namíbia a garra-do-diabo é cultivada e, também, é colhida na natureza por milhares de coletores.

Observações

– A eficácia da garra-do-diabo tem sido cientificamente comprovada por vários estudos clínicos e mostram a sua utilidade no tratamento de problemas reumáticos, como artrite e dor nas costas, através de suas propriedades antiinflamatórias provenientes da garra-do-diabo (um princípio ativo da garra-do-diabo).
Note que o tratamento a base da na garra-do-diabo contra a artrose deve durar pelo menos 2 a 3 meses para ser eficaz (geralmente à base de comprimidos de garra-do-diabo, tomados duas vezes por dia, de manhã e à noite). Também é possível curar em alguns dias as dores reumáticas.

– De acordo com uma edição especial da revista francesa Science & Vie sobre plantas medicinais, publicada em julho de 2020, a eficácia das raízes da Garra-do-diabo contra dores nas articulações e lombalgia é provável. Para chegar a essa conclusão bastante favorável, que ainda guarda algumas ressalvas, a revista francesa baseou-se em várias metanálises, inclusive uma realizada pela Cochrane (DOI: 10.1002/14651858.CD004504.pub4) em 2014.

Opinião crítica

Alguns cientistas e jornalistas como os da revista francesa Prescrire (Prescrever em português) acreditam que garra-do-diabo não é mais eficaz do que o placebo (Junho de 2013).

Cultura da garra-do-diabo

A garra-do-diabo cresce na África e deve ser importada na Europa e nas Américas, portanto o seu valor (por ser uma planta rara) torna-se cada vez mais alto. A garra-do-diabo é uma planta em ameaça de extinção.

Juntamente com o ginkgo biloba (nogueira-do-japão), o harpagophytum está entre as plantas medicinais mais vendidas do mundo. O harpagophytum tornou-se conhecido na medicina ocidental pelas plantas somente a partir de 1900, ou seja, no início do século 20. Um agricultor sul-africano observou que algumas tribos da África do Sul utilizavam o harpagophytum para tratar diferentes doenças. Em seguida, ele promoveu a comercialização de uma infusão à base de harpagophytum, inclusive na Europa. Atualmente, esta planta é muito utilizada ao redor do mundo, especialmente na Alemanha.

O harpagophytum em geral não é utilizado em uso externo, sendo administrado unicamente para uso interno (em cápsulas ou cozido). Em uso externo estima-se que esta planta seja ineficaz.

– A garra-do-diabo está na lista de remédios oferecidos no SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil.

Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)

Fontes:
Cochrane (DOI: 10.1002/14651858.CD004504.pub4)

Atualização:
Este artigo foi modificado em 20.04.2022

Fotos: 
Adobe Stock, Pharmanetis Sàrl

Foto garra-do-diabo

Garra-do-diaboGarra-do-diabo

Bibliografia e referências científicas:

  1. Literatura sobre plantas medicinais, Livro: “Manuel de phytothérapie écoresponsable” (tradução livre: Manual de fitoterapia eco-responsável), 2021, da Dra. Aline Mercan (médica), edição Terre vivante
Observação da redação: este artigo foi modificado em 20.04.2022

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